segunda-feira, agosto 16, 2004

Como sempre...

Mais uma vez não me desiludiste... Cada encontro contigo faz-me desejar o seguinte... Mal te vi senti uma paz incrível a penetrar na minha mente, a maneira como o pensamento deambuleia com a calma que me transmites, mesmo que, por vezes, convivendo com a tua rebeldia enfurecida ou com a tua pacatez envergonhada, como se quisesses que ninguém desse pela tua presença... Sinto a tua frescura invadir cada poro da minha pele e o teu cheiro, sempre presente, como uma aura à minha volta... Cada vez que estou contigo traz sempre um elemento diferente... Nunca te repetes... Queres sempre surpreeender-me, para que eu nunca saiba com o que contar, e, assim vicio-me em ti, desconhecendo sempre o que irás fazer a seguir! Começo a caminhar, sempre devagarinho, às vezes seguindo os passos de alguém que já passou por aqui, e outras vezes, imprimindo um novo caminho, abrindo passagem para que, talvez, outros me possam seguir... Tu vais-te aproximando lentamente, e, sem contar, apareces-me sobressaltado como se tivesses urgência em me tocar... De repente, sinto vontade de me deitar perto de ti, sem nunca deixar de te olhar, para esse azul imenso que transportas dentro de ti e, que por sua vez, se transforma numa miríade de outras cores... Esse azul que me faz imaginar... Sonhar com um mundo cheio de possibilidades, onde as escolhas nunca são definitivas, onde se pode voltar atrás e fazer tudo melhor... Muitas vezes, vejo as crianças perto de ti, a brincarem, alegres, despreocupadas mas sôfregas, como se soubessem poder ser a última vez... E julgo compreender o porquê...

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