"A nossa razão, na prática, precisa do espaço e do tempo limitado. Não sei mesmo se ela pode fundionar semp limite. À primeira vista é fácil: está bem, tudo é limitado. Mas o universo? Acho um bom exercício pensar no universo. O princípio: o critério da origem. O espaço: o mistério do limite. O fim: como é que tudo acaba já que na "natureza nada se perde e nada se cria". Como é que tudo começou? Como explicar as distâncias inconcebíveis entre as estrelas e as nebulosas, sobretudo, esta profusão monstruosa de vazio cheio de luzes e de matéria, esta sensação de nada e de infinito que nos é dada por tantas espirais que se dilatam no abismo. Depois, a presença possível de outros núcleos pensantes, de formas inimagináveis, a certeza de que esse universo é inexplorável e possivelmente já morto das suas partes - porque nós só vemos imagens antigas - tudo isto coloca perguntas que têm a ver com a ciência mas sobretudo com o mistério." António Alçada Baptista - O Tecido do Outono
Este livro está a ser uma agradável surpresa... Continuou as minhas inquietações hiperbolizadas pelo "Anjos e demónios" de Dan Brown... É inquietante a lógica absurda (pelo menos para o meu imaginário) das palavras deste autor...
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