Amigo, tu que choras uma angústia qualquer
E falas de coisas mansas como o luar, e paradas
Como as águas de um lago adormecido, acorda!
Deixa de vez as margens do regato solitário onde te miras
Como se fosse a tua namorada...
Abandona o jardim sem flores
Desse país inventado onde tu és o único habitante.
Deixa os desejos sem rumo de barco ao deus-dará
Acorda, amigo, liberta-te dessa paz podre de milagre
Que existe apenas na tua imaginação.
Abre os olhos e olha
Abre os braço e luta!
Amigo, antes da morte vir nasce de vez para a vida...
Manuel da Fonseca - Antes que seja tarde...
Sem comentários:
Enviar um comentário