quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Fazes-me falta...

Olho para o telemóvel e vejo que dia é hoje... Já passou tanto tempo e ainda me lembro do teu número de telemóvel... Não creio que o esqueça jamais... Entre tantas outras coisas, talvez esta a mais banal...
Imagino como tudo poderia ter sido... O tempo cura tudo, a lembrança vai a pouco e pouco desaparecendo, tornando-se cada vez menos nítida, menos sofrida, menos presente... Mas nunca desaparece totalmente... E ainda bem... Porque não te quero esquecer... Quero guardar-te junto das minhas memórias mais felizes... Sim, porque fui feliz ao pé de ti...
Tento imaginar os sítios por onde pairas... Pois quero acreditar que não ficaste preso àquele lugar... Assim posso sempre confortar-me com a ideia de que talvez já tenhas passado por todos os lugares onde vou descansando os olhos... Às vezes, quando a saudade aperta o coração com aquela força irreprimível do que já não mais se pode ter, quase que consigo vermo-nos juntos... Sentir o calor do teu beijo... A delicadeza e o cuidado do teu toque... A força e a segurança do teu abraço... Nunca mais ninguém me abraçou... Pelo menos, não como tu... Fecho os olhos e a minha pele arrepia-se, cheia de reminisciências... Quase que te consigo ver, mesmo à minha frente... Consigo sentir o teu perfume e era capaz de jurar que ainda reconheço a maciez da tua camisola... Sabes o quanto adorava enroscar-me nela...
Se me visses agora, o que acharias? Será que mo dirias? Terei eu mudado? Nada... Pouco... Alguma coisa... Assim tanto?! Os dias vão deixando marcas por onde passam... E acredita, que têm passado por mim... Mas não creio que tenha mudado muito... No máximo, tem-se acentuado aquilo que era apenas uma leve tendência...

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